Foi o tema de abertura das conferências sob o tema “Ilustres Leceiros” promovidas pela Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, que levámos a efeito no último dia 8 de Novembro.
FERNANDO PINTO DE OLIVEIRA, era filho de Alfredo Pinto de Oliveira e de D. Cacilda Leite Ferraz Vieira de Oliveira, nascido em Leça da Palmeira, a 15 de Setembro de 1911, numa casa da Rua Direita, hoje, com o n.º 66.
Pertenceu a uma família que sempre serviu a terra, pois era bisneto de Maria Francisca dos Santos Pinto de Araújo, benemérita leceira responsável por um dos restauros da nossa Igreja, onde existe uma placa assinalando tal facto. Era sobrinho-bisneto de João Pinto de Araújo que para além de um restauro da igreja também mandou construir o miramar na antiga barra do Leça e que hoje se encontra na nossa praia, devido às obras de construção do Porto de Leixões.
São indissociáveis do Eng.º Fernando Pinto de Oliveira seus irmãos, D. Maria Lina Cameira e o General Alfredo Pinto de Oliveira.
Foi baptizado na Igreja Matriz de Leça da Palmeira pelo Abade José dos Santos Mondego.
Fez a instrução primária no “Colégio Modelar” da D. Marquinhas Pires, na Rua Direita, onde completou com distinção a 4.ª classe (2.º grau).
Fez o ensino secundário no Liceu Rodrigues de Freitas, antigo D. Manuel II, na cidade do Porto.
Posteriormente frequentou o Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, onde em 1938 se licenciou como Engenheiro Agrónomo, tendo apresentado como dissertação final do curso um pormenorizado trabalho efectuado nos Laboratórios do Instituto dos Vinhos do Porto, intitulado “Subsídios Para o Estudo das Substâncias Azotadas, nos Vinhos do Porto” e publicado nos Anais deste instituto em 1942.
Também prestou serviço militar e de 1943 a 1950 desempenhou diversas funções públicas relacionadas com o seu curso.
Em 1950, entrou para a Câmara Municipal de Matosinhos para vereador do então Presidente Dr. Fernando Aroso, tendo ocupado a presidência da Comissão Municipal de Turismo, onde exerceu uma acção relevante, criando o Posto de Turismo, no Mercado de Matosinhos, onde além de outras actividades se realizaram exposições de arte permanentes.
Ocupou também o cargo de vice-presidente, tendo sido leal adjunto de Fernando Aroso, o que fez com que após a morte deste, muito naturalmente fosse nomeado, por escolha governamental, para o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos.
Se ao Dr. Fernando da Hora Aroso podemos atribuir a pavimentação a cubos de granito das principais estradas do concelho, ao Eng.º Fernando Pinto de Oliveira devemos atribuir uma série de melhoramentos na vertente turística, estando ainda hoje a sua obra como edil à vista dos olhos de todos, sendo algumas delas visitadas por estrangeiros e nacionais que aqui se deslocam para as admirar.
Estamos a falar, nomeadamente, da Casa de Chá da Boa Nova, da Piscina de “Marés”. Devendo-se-lhe também a aquisição das Quintas da Conceição de Santiago, e Parque de Campismo de Angeiras.
Contudo o grande sonho do Eng.º Pinto de Oliveira era o de tornar os terrenos a Norte do Farol da Boa Nova uma zona de lazer, eventualmente num campo de “golf” municipal; por isso logo que soube que o governo de então aí ia instalar uma empresa petrolífera, a então Sacor, partiu para Lisboa numa derradeira tentativa de evitar a destruição do planalto da Boa Nova. Não conseguiu demover a inabalável decisão do governo! Recusou-se a aceitar a vinda desse empreendimento; porém, o absurdo concretizou-se pela força dos seus promotores e, o que era o maior pulmão da cidade de Matosinhos, veio a transformar-se na sede do maior dos seus poluidores.
Perante a insistência governamental, aceitou a SACOR, mas recusou-se a assistir à sua inauguração, o que talvez lhe tenha valido a não renovação do mandato, deixando assim a Câmara em 1970, após doze anos de brilhante serviço à sua terra com total dedicação.
Faleceu no dia 1 de Março de 1975, com 63 anos de idade e assim se encerrou um projecto, um percurso que iria dar a Matosinhos um aspecto bem diferente, pois sabe-se hoje que o turismo é a indústria do século XXI, o que nos leva a afirmar com toda a convicção que com a política que desenvolveu, o Eng.º Fernando Pinto de Oliveira estava adiantado 50 anos no seu projecto para Matosinhos.
FERNANDO PINTO DE OLIVEIRA, era filho de Alfredo Pinto de Oliveira e de D. Cacilda Leite Ferraz Vieira de Oliveira, nascido em Leça da Palmeira, a 15 de Setembro de 1911, numa casa da Rua Direita, hoje, com o n.º 66.
Pertenceu a uma família que sempre serviu a terra, pois era bisneto de Maria Francisca dos Santos Pinto de Araújo, benemérita leceira responsável por um dos restauros da nossa Igreja, onde existe uma placa assinalando tal facto. Era sobrinho-bisneto de João Pinto de Araújo que para além de um restauro da igreja também mandou construir o miramar na antiga barra do Leça e que hoje se encontra na nossa praia, devido às obras de construção do Porto de Leixões.
São indissociáveis do Eng.º Fernando Pinto de Oliveira seus irmãos, D. Maria Lina Cameira e o General Alfredo Pinto de Oliveira.
Foi baptizado na Igreja Matriz de Leça da Palmeira pelo Abade José dos Santos Mondego.
Fez a instrução primária no “Colégio Modelar” da D. Marquinhas Pires, na Rua Direita, onde completou com distinção a 4.ª classe (2.º grau).
Fez o ensino secundário no Liceu Rodrigues de Freitas, antigo D. Manuel II, na cidade do Porto.
Posteriormente frequentou o Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, onde em 1938 se licenciou como Engenheiro Agrónomo, tendo apresentado como dissertação final do curso um pormenorizado trabalho efectuado nos Laboratórios do Instituto dos Vinhos do Porto, intitulado “Subsídios Para o Estudo das Substâncias Azotadas, nos Vinhos do Porto” e publicado nos Anais deste instituto em 1942.
Também prestou serviço militar e de 1943 a 1950 desempenhou diversas funções públicas relacionadas com o seu curso.
Em 1950, entrou para a Câmara Municipal de Matosinhos para vereador do então Presidente Dr. Fernando Aroso, tendo ocupado a presidência da Comissão Municipal de Turismo, onde exerceu uma acção relevante, criando o Posto de Turismo, no Mercado de Matosinhos, onde além de outras actividades se realizaram exposições de arte permanentes.
Ocupou também o cargo de vice-presidente, tendo sido leal adjunto de Fernando Aroso, o que fez com que após a morte deste, muito naturalmente fosse nomeado, por escolha governamental, para o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos.
Se ao Dr. Fernando da Hora Aroso podemos atribuir a pavimentação a cubos de granito das principais estradas do concelho, ao Eng.º Fernando Pinto de Oliveira devemos atribuir uma série de melhoramentos na vertente turística, estando ainda hoje a sua obra como edil à vista dos olhos de todos, sendo algumas delas visitadas por estrangeiros e nacionais que aqui se deslocam para as admirar.
Estamos a falar, nomeadamente, da Casa de Chá da Boa Nova, da Piscina de “Marés”. Devendo-se-lhe também a aquisição das Quintas da Conceição de Santiago, e Parque de Campismo de Angeiras.
Contudo o grande sonho do Eng.º Pinto de Oliveira era o de tornar os terrenos a Norte do Farol da Boa Nova uma zona de lazer, eventualmente num campo de “golf” municipal; por isso logo que soube que o governo de então aí ia instalar uma empresa petrolífera, a então Sacor, partiu para Lisboa numa derradeira tentativa de evitar a destruição do planalto da Boa Nova. Não conseguiu demover a inabalável decisão do governo! Recusou-se a aceitar a vinda desse empreendimento; porém, o absurdo concretizou-se pela força dos seus promotores e, o que era o maior pulmão da cidade de Matosinhos, veio a transformar-se na sede do maior dos seus poluidores.
Perante a insistência governamental, aceitou a SACOR, mas recusou-se a assistir à sua inauguração, o que talvez lhe tenha valido a não renovação do mandato, deixando assim a Câmara em 1970, após doze anos de brilhante serviço à sua terra com total dedicação.
Faleceu no dia 1 de Março de 1975, com 63 anos de idade e assim se encerrou um projecto, um percurso que iria dar a Matosinhos um aspecto bem diferente, pois sabe-se hoje que o turismo é a indústria do século XXI, o que nos leva a afirmar com toda a convicção que com a política que desenvolveu, o Eng.º Fernando Pinto de Oliveira estava adiantado 50 anos no seu projecto para Matosinhos.
Engº Rocha dos Santos in "A Voz de Leça" Ano LV - Número 9 - Dezembro de 2008