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A Equipa Redactorial

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Dia da Mãe no Centro Franciscano

Mais uma vez a Catequese do Centro Franciscano teve uma ideia engraçada: em vez de termos uma catequese do Dia da Mãe, para as mães, este ano tivemos uma catequese feita pelas mães para as suas crianças.
Foi ideia de uma mãe, que inicialmente seria apenas aplicada em dois grupos, nos quais estavam as suas filhas, mas rapidamente passou para toda a catequese do Centro.
Fica aqui a entrevista com a mãe, (Paula Bártolo), que organizou este dia fantástico e também com um dos Catequistas, (Ana Isabel), que seguiu, com agrado, esta sessão.

A Voz de Leça (VL) - Como surgiu a ideia de as mães participarem activamente na sessão de catequese?
Paula Bártolo (PB): Esta ideia surgiu num sábado, após o diálogo habitual com as minhas filhas sobre a sessão de catequese do dia, como uma forma de mostrar, por um lado, aos catequistas que os Pais reconhecem e agradecem o papel fundamental que eles desempenham no crescimento dos nossos filhos; por outro lado, aos nossos filhos que a catequese é um aspecto de vida deles que os Pais valorizam e na qual querem participar.

VL - Qual a opinião das mães em relação à catequese no CEFPAS?
PB: Esta iniciativa só ocorreu porque tem por base o reconhecimento do excelente trabalho desenvolvido por uma maravilhosa equipa de pessoas que diariamente, e não semanalmente, põe a sua vida ao serviço de Deus nas pessoas dos nossos filhos. Tem sido muito gratificante constatar o crescimento na fé que se tem operado ao longo destes anos nos nossos filhos.

VL - Considera importante a intervenção da família na catequese?
PB: Como é óbvio, a caminhada que os nossos filhos vão fazendo na fé tem repercussões no crescimento da família. É muito importante que os nossos filhos sintam que os Pais não os "depositam" na catequese mas que os incentivam a "viver" a catequese e que eles próprios pretendem viver esse aspecto fundamental das suas vidas. Se nos preocupamos em lhes alimentar o corpo, também nos preocupamos com o alimento espiritual e ficamos felizes por os vermos crescer em “estatura, sabedoria e graça”.

VL - Acha que as mães aderiram bem a esta ideia?
PB: Foi uma enorme surpresa a adesão da esmagadora maioria das mães. Cada uma pondo a render os seus talentos com o objectivo de fazer daquele dia muito especial.

VL - Como foi a experiência de preparar uma sessão de catequese?
PB: Tratou-se de uma experiência muito enriquecedora. Desde o despertar das consciências das outras mães, passando pela necessidade de coordenar uma série de actividades, até à escolha e transmissão da mensagem que pretendíamos fazer passar, tudo foi motivo de crescimento. Por fim, ver a satisfação e o orgulho dos nossos filhos foi a melhor prenda do Dia da Mãe que podíamos ter recebido.







VL - O que significou, enquanto Catequista, este dia diferente?
Ana Isabel - Este Dia da Mãe foi um dia bem diferente para a comunidade do Centro Franciscano de Pastoral e Acção Social. Diferente para todos: para as crianças, para os pais (mais particularmente para as mãe), para os catequistas e também para os padres da casa. Sentiu-se em toda a gente o espírito de união e de fraternidade que temos tentado alcançar neste Centro. O facto de serem as mães das crianças a prepararem uma catequese significa muito mais do que isso. Significa que os pais se preocupam com a educação catequética dos seus filhos e que se sentem profundamente à vontade para participarem activamente nessa caminhada tão difícil nos dias de hoje. Este dia de catequese diferente revela também que o esforço que temos feito para trazer a Família à Catequese está a ser conseguido! E para os catequistas foi também uma prova de gratidão, uma prova de valorização do trabalho que desenvolvemos com as crianças, adolescentes e jovens.
“Nós demorámos algumas semanas a preparar uma só sessão, enquanto que vocês têm uma sessão para preparar todas as semanas e fazem-no com qualidade!”, disse uma das mães presentes no encontro. São frases pequenas e muito simples, sinceras mas que servem como um “obrigado” para nós catequistas. “Deus está no teu sorriso” era a mensagem que as mães quiseram passar para todos. E conseguiram fazê-lo muito bem. Respirou-se boa disposição, muito amor e muito carinho naquele dia.
Que Deus esteja sempre no sorriso dos pais os primeiros e principais educadores da Fé; que Deus esteja sempre no sorriso dos párocos que são os pastores do rebanho; que Deus esteja sempre no sorriso dos catequistas que são os que transmitem a Palavra de Deus às crianças e jovens; que Deus esteja sempre, mas sempre, no sorriso das crianças que são o amanhã!


Ana Isabel Faria
Simão Bártolo

in "A Voz de Leça" Ano LV - Número 4 - Junho de 2008