Quem hoje olha para a actual Residência Paroquial pode achá-la um edifício demasiado imponente, mas poucos se recordarão do que levou à sua construção e muito menos da residência anterior, que estava situada noutro local. A Residência Paroquial original tinha sido construída no início do século XIX e estava localizada na área ocupada pelo actual adro e tômbola. Fora oferecida à Paróquia por José Domingues de Oliveira. No início dos anos 60 do século XX, o rebaixamento da actual Avenida Dr. Fernando Aroso, a construção do Salão Paroquial, a necessidade de alargamento do adro da Igreja Paroquial e, sobretudo, a necessidade de alojar os vários sacerdotes coadjutores do Pároco, levaram o Padre Alcino Vieira dos Santos a considerar a construção de uma nova Residência Paroquial. A inviabilidade funcional da Residência Paroquial existente, provocada pelo rebaixamento da actual Avenida Dr. Fernando Aroso, levou o Pároco e a Comissão Fabriqueira a negociar com a Câmara Municipal de Matosinhos a compensação pelos prejuízos provocados a toda a população católica de Leça da Palmeira.
Nesse sentido, foi proposto à autarquia a autorização para a construção de uma nova Residência Paroquial, no terreno oferecido pela Junta de Freguesia, comprometendo-se a Câmara a pagar o valor real do edifício existente. A Câmara Municipal aceitou as condições propostas pela Paróquia, indemnizando-a no valor de 310.000$00, permitindo igualmente o direito ao uso de todos os materiais da antiga residência e assumindo o compromisso de rebaixar o terreno, incorporando-o no adro da Igreja Paroquial.
Em Dezembro de 1961, o Padre Alcino apresentava neste Jornal o projecto da nova Residência Paroquial, que, tal como o do Salão Paroquial, foi da autoria do arquitecto Bruno Reis. A construção justificava-se porque «Por agora, o Pároco tem apenas um Coadjutor – o que é manifestamente insuficiente para as suas necessidades.
Forçosamente, em casa do Pároco se têm de hospedar outros Sacerdotes, chamados à colaboração com ele, como sejam Missionários, Pregadores, Confessores, etc.
Os Sacerdotes têm de ser homens de estudo; e daí, a necessidade de prever, não apenas instalações para atender o público – serviço de cartório – mas gabinetes remotos, onde se possam recolher, para o estudo e para a oração.
Ao número de Sacerdotes, corresponde, necessariamente, um número conveniente de pessoas que tratem da vida doméstica.
Tudo isto justifica o número de dependências constantes da planta.»
Em Maio de 1962, iniciaram-se as obras da nova residência paroquial, ao mesmo tempo que se concluíam as obras do Salão Paroquial e do Bairro dos Pobres. O apelo à generosidade dos paroquianos foi mais uma vez uma constante, por parte do Padre Alcino.
Três anos após o início das obras, a 3 de Maio de 1965, a actual Residência Paroquial era finalmente inaugurada, durante a Festa da Paróquia e contou com a presença de D. Alberto Cosme do Amaral, Bispo Auxiliar do Porto. Mais uma vez, os Leceiros deram uma prova cabal da sua dedicação e empenho às iniciativas da Paróquia. O empenho das forças vivas de Leça da Palmeira permitiu que o Pároco, os seus Coadjutores e o pessoal de apoio passasse a ter uma residência condigna, em termos de condições de habitabilidade e de espaço e que respondesse às necessidades da Igreja
Em Dezembro de 1961, o Padre Alcino apresentava neste Jornal o projecto da nova Residência Paroquial, que, tal como o do Salão Paroquial, foi da autoria do arquitecto Bruno Reis. A construção justificava-se porque «Por agora, o Pároco tem apenas um Coadjutor – o que é manifestamente insuficiente para as suas necessidades.
Forçosamente, em casa do Pároco se têm de hospedar outros Sacerdotes, chamados à colaboração com ele, como sejam Missionários, Pregadores, Confessores, etc.
Os Sacerdotes têm de ser homens de estudo; e daí, a necessidade de prever, não apenas instalações para atender o público – serviço de cartório – mas gabinetes remotos, onde se possam recolher, para o estudo e para a oração.
Ao número de Sacerdotes, corresponde, necessariamente, um número conveniente de pessoas que tratem da vida doméstica.
Tudo isto justifica o número de dependências constantes da planta.»
Em Maio de 1962, iniciaram-se as obras da nova residência paroquial, ao mesmo tempo que se concluíam as obras do Salão Paroquial e do Bairro dos Pobres. O apelo à generosidade dos paroquianos foi mais uma vez uma constante, por parte do Padre Alcino.
Três anos após o início das obras, a 3 de Maio de 1965, a actual Residência Paroquial era finalmente inaugurada, durante a Festa da Paróquia e contou com a presença de D. Alberto Cosme do Amaral, Bispo Auxiliar do Porto. Mais uma vez, os Leceiros deram uma prova cabal da sua dedicação e empenho às iniciativas da Paróquia. O empenho das forças vivas de Leça da Palmeira permitiu que o Pároco, os seus Coadjutores e o pessoal de apoio passasse a ter uma residência condigna, em termos de condições de habitabilidade e de espaço e que respondesse às necessidades da Igreja
Jorge Sequeira
in "A Voz de Leça" Ano LV - Número 5 - Julho/Agosto de 2008