No passado dia 10 de Fevereiro de 2007 comemorou-se o 75º aniversário do falecimento do Abade Mondego. Com organização da equipa deste Jornal, Leça da Palmeira assinalou esta data com a celebração de uma Missa Solene em sua memória, onde estiveram presentes representantes da maioria Grupos Paroquiais.
A Celebração Litúrgica foi presidida pelo nosso Pároco, P.e Fernando Cardoso Lemos, e animada por um Coro constituído por elementos da maioria dos Coros Paroquiais, que sob a direcção da Dra. Ângela Soares, teve um desempenho soberbo.
O texto de orientação desta Celebração Eucarística recordou o homenageado: «Celebramos hoje o 75º aniversário da morte do Padre José Ferreira dos Santos Mondego, mais conhecido como Abade Mondego e que paroquiou Leça da Palmeira durante 27 anos. Do seu apostolado na nossa Paróquia ficou o respeito que conquistou junto dos seus Paroquianos, quer através da sua atitude cívica, quer das suas pesquisas científicas, sendo um exemplo de Força e Virtude no nosso caminhar para Deus.»
Durante a Homilia, o P.e Fernando Lemos, enalteceu a vida e obra deste ilustre Pároco de Leça da Palmeira, salientando que José Ferreira dos Santos Mondego, nascido a 12 de Setembro de 1867, em São Tiago de Cassurrães, concelho de Mangualde, formou-se aos 22 anos, no Seminário de Viseu. A 12 de Outubro de 1903 foi nomeado Pároco de Leça da Palmeira, funções que exerceu até Junho de 1931. Durante 27 anos, a sua figura de um homem alto, de olhos negros, profundos e cintilantes, malares salientes, espessas sobrancelhas, sempre vestindo a sua sobrecasaca negra e um pequeno chapéu mole, marcou a vida desta Comunidade Cristã. Salientou, ainda, o seu envolvimento na vida política e principalmente a sua acção científica, nomeadamente, os primeiros estudos feitos em Portugal sobre polinização artificial realizados nas estufas que possuía nos terrenos do Passal de Leça da Palmeira, a produção de vinhos gasosos a partir de vinhos vulgares, neutralização industrial do azeite, e os vários escritos que realizou sob o pseudónimo de “José de Gomon”.
Importa referir que esteve exposto durante toda a Celebração o único retrato existente na Paróquia do Abade Mondego, pintado pelo Sr. Jorge Bento, que apresentamos na primeira página desta edição d’A Voz de Leça, e que se encontra habitualmente no gabinete da Sacristia, numa espécie de Galeria dos Párocos, ao lado de outros quadros do Padre Pote, do Padre Alcino Vieira e do actual Pároco.
A Celebração Litúrgica foi presidida pelo nosso Pároco, P.e Fernando Cardoso Lemos, e animada por um Coro constituído por elementos da maioria dos Coros Paroquiais, que sob a direcção da Dra. Ângela Soares, teve um desempenho soberbo.
O texto de orientação desta Celebração Eucarística recordou o homenageado: «Celebramos hoje o 75º aniversário da morte do Padre José Ferreira dos Santos Mondego, mais conhecido como Abade Mondego e que paroquiou Leça da Palmeira durante 27 anos. Do seu apostolado na nossa Paróquia ficou o respeito que conquistou junto dos seus Paroquianos, quer através da sua atitude cívica, quer das suas pesquisas científicas, sendo um exemplo de Força e Virtude no nosso caminhar para Deus.»
Durante a Homilia, o P.e Fernando Lemos, enalteceu a vida e obra deste ilustre Pároco de Leça da Palmeira, salientando que José Ferreira dos Santos Mondego, nascido a 12 de Setembro de 1867, em São Tiago de Cassurrães, concelho de Mangualde, formou-se aos 22 anos, no Seminário de Viseu. A 12 de Outubro de 1903 foi nomeado Pároco de Leça da Palmeira, funções que exerceu até Junho de 1931. Durante 27 anos, a sua figura de um homem alto, de olhos negros, profundos e cintilantes, malares salientes, espessas sobrancelhas, sempre vestindo a sua sobrecasaca negra e um pequeno chapéu mole, marcou a vida desta Comunidade Cristã. Salientou, ainda, o seu envolvimento na vida política e principalmente a sua acção científica, nomeadamente, os primeiros estudos feitos em Portugal sobre polinização artificial realizados nas estufas que possuía nos terrenos do Passal de Leça da Palmeira, a produção de vinhos gasosos a partir de vinhos vulgares, neutralização industrial do azeite, e os vários escritos que realizou sob o pseudónimo de “José de Gomon”.
Importa referir que esteve exposto durante toda a Celebração o único retrato existente na Paróquia do Abade Mondego, pintado pelo Sr. Jorge Bento, que apresentamos na primeira página desta edição d’A Voz de Leça, e que se encontra habitualmente no gabinete da Sacristia, numa espécie de Galeria dos Párocos, ao lado de outros quadros do Padre Pote, do Padre Alcino Vieira e do actual Pároco.
Nesta Eucaristia, a acção do Abade Mondego voltou a ser recordada através dos símbolos que no momento do Ofertório foram transportados, em procissão, por representantes de diferentes Grupos Paroquiais presentes e as mensagens a eles associadas, a saber:
CÍRIO- representa a luz que nos orienta para Deus e que o Abade Mondego manteve bem acesa nesta comunidade iluminando todos os paroquianos no caminho de Deus.
BÍBLIA- recebe Senhor, o nosso louvor pela Palavra que continuamos a anunciar e que ela seja sempre fonte de vida.
FLORES- Estas foram, no início do século XX, o objecto das primeiras investigações científicas do Abade Mondego. Com elas realizou os primeiros estudos sobre polinização artificial. Estas mesmas flores simbolizam a simplicidade, a partilha, a alegria e a amizade que queremos ver crescer na nossa comunidade paroquial
ESPUMANTE- Este vinho espumoso teve origem nos trabalhos de champanização do Abade Mondego que, em meio próprio acelerava a obtenção de vinhos gasosos a partir de vinhos vulgares.
AZEITE- A neutralização industrial do azeite foi um dos últimos trabalhos do Abade Mondego no campo da investigação científica. Que a sua luz ajude a iluminar as nossas vivas em direcção a Deus e, em especial, em direcção aos nossos irmãos que mais precisam do nosso apoio, carinho e amor
CÁLICE E PATENA- o pão e o vinho são fruto da bondade de Deus e do trabalho do homem. Na Eucaristia transformam-se em força divina, alento de vida e união de todos com o Pai.
A actividade literária do Abade Mondego foi igualmente lembrada no momento de Acção de Graças, em que foi cantado o refrão “Mãe de todos nós”, que a Dra. Ângela Soares musicou, tendo a Maria da Ascensão recitado o restante poema.
CORO: Mãe de nós todos, Mãe adorada!
Ó Mãe de Deus, Imaculada!
Ave-maria, fonte do Bem, Imaculada, Virgem e mãe!
Como a ninguém Deus Te fez pura, Virgem e Mãe!
É como o sol o teu olhar, que fez na Terra a luz raiar!
Jóia sem par, fazes nas almas a luz raiar!
Tu nos conduzes com mil carinhos, neste deserto cheio de espinhos!
Manto d’ arminhos p’ra nosso peito cheio d’ espinhos!
Procura a lua entre as mais belas, engrinaldar-se toda d’ estrelas…
Rosas singelas para coroa toda d’ estrelas…
E Tu procuras somente a dor, que é d’ ametistas Teu resplendor!
Dá-nos fervor para ampliar Teu resplendor!
Tu és de todos a doce Mãe!... Dos que a não têm…
Mãe és de quem a nunca viu: dos que a não têm!
É para nós o Teu sorriso o que é p’ ra almas o Paraíso!...
Luz que diviso, és para nós o paraíso!...
A criancinha rica ou pobre, Teu alvo manto a ambas cobre,
O Teu amor a ambas cobre!
D’ amor somente é nosso anseio que nos atrai para Teu seio!
Ó doce enleio que nos atrai para Teu seio!
Esta celebração foi participada por representantes dos vários Grupos Paroquiais, no Coro de Coros, Leituras, Oração dos Fiéis, simbologia da procissão do Ofertório, distribuição da Sagrada Comunhão e momento de Acção de Graças.
Ali esteve a nossa Comunidade Paroquial a prestar sentida homenagem a um seu Pastor, que nenhum dos presentes conheceu pessoalmente mas que nos deve orgulhar pelo que quis ser aqui, em Leça da Palmeira.
J.S.
in "A Voz de Leça" Ano LIII - Número 12 - Fevereiro de 2007