Por ocasião do Presépio ao Vivo de 2003, A Voz de Leça entrevistava o José Eduardo Sousa, responsável da APJ na altura e principal mentor da sua realização, 20 anos depois da primeira edição, em 1983.
Agora, encerrado o Presépio ao Vivo de 2008, conversamos com o Manuel Couto, um dos principais responsáveis pela realização de agora.
O Presépio ao Vivo foi o pretexto para a entrevista, porque por todo o trabalho dedicado que o Couto desenvolve na Paróquia, já se impunha este registo. Não há quem não o conheça, embora a sua presença seja sempre mais visível quando se trata da Confraria de S. Miguel Arcanjo, (onde desempenha as funções de tesoureiro), e de tudo o que se relacione com o nosso Padroeiro. Ultimamente integra também a equipa técnica do Grupo Paroquial de Teatro e é sócio-colaborador do Rancho Típico da Amorosa. No entanto, a sua intervenção é transversal a todos os Grupos Paroquiais, já que, a nível da logística é essencial a sua colaboração, pela polivalência de capacidades que possui, que é como quem diz, tem jeito para quase tudo e, perante um desafio nunca diz que não é possível. Depois são as longas horas do seu tempo livre que dedica a tudo o que é necessário fazer na Paróquia, estando sempre pronto a preencher a falta de alguma coisa ou de alguém, sempre que for preciso. A sua dedicação chega ao ponto de programar o gozo das férias profissionais em função de momentos importantes de actividade Paroquial, para se poder dedicar a tempo inteiro, como acontece todos os anos em finais de Julho e de Setembro, por ocasião das festas Paroquiais de Sant’Ana e S. Miguel Arcanjo. Também muitas das actividades que integram o FESTARTE e têm lugar em espaços da Paróquia passam por ele. Nessa altura, os seus dias são totalmente dedicados à logística dessas actividades, que são da responsabilidade do R.T.A.
Foi com esse mesmo empenho que o Couto se envolveu na organização deste Presépio ao Vivo, que aconteceu cinco anos depois da última edição por variadíssimas razões, que enumera, “Primeiro porque, para ter impacto, tem que ser espaçado. Se fosse feito logo a seguir a 2003, deixava de ser interessante, depois porque dá muito trabalho a montar e dada a ocupação da sala de espectáculos do Salão com as festas de Natal das escolas da freguesia, o tempo é muito curto para um evento desta envergadura. Há ainda o facto de, em 2008, a véspera e o dia de Natal terem calhado a meio da semana, o que permitiu que o Presépio fosse ao fim de semana e não colidisse com os momentos que as pessoas privilegiam para estar em família. Lembra ainda a oportunidade da realização, 25 anos depois da primeira, que aconteceu em 1983, “Se as pessoas se lembrarem, em 1983, o Presépio ao Vivo foi em moldes um pouco diferentes, na sala 1 do Salão. Só voltou a fazer-se 20 anos depois e a edição de agora é como que uma homenagem ao Sr. Jorge Bento, que pintou os cenários dos ‘quadros’, que ainda hoje usamos.”
Como já referido, sem o Couto o Presépio não se tinha feito e embora em 2003 também tivesse participado activamente na sua montagem, onde foi figurante, foi da conjugação da experiência de quem organizou em 2003, do seu engenho e do seu ‘jeito para tudo’ que se chegou a uma versão ‘melhor’ que a anterior. “Da última vez para agora fez-se alterações para melhorar e também para ser diferente. Acho que até podia ter sido melhor se tivéssemos tido mais algum tempo para a montagem. As alterações que introduzimos relativamente à edição de há 5 anos não foram muito significativas e quem está ‘de fora’ nem se dá conta. Como as visitas ao Presépio são guiadas e em grupo, porque cada ‘quadro’ tem teatralização com banda sonora, aumentou-se a abertura dos cenários dos ‘quadros’ 1, 2, 4 e 5, para poderem ser visitados por grupos maiores e o ‘quadro’ 3, o do Nascimento de Jesus, que fica no palco, foi colocado mais perto dos visitantes, já que, da edição anterior ficou a opinião de que o Menino Jesus tinha ficado muito longe.”
Foi o Couto também o grande ‘angariador’ de figurantes para este Presépio ao Vivo, “A maioria já tinha participado no Presépio de 2003, mas o Sr. Bento Mário é o ‘totalista’, porque representou o velho Simeão nas três edições do Presépio ao Vivo: em 1983, 2003 e 2008. A Sagrada Família foi representada por três famílias, que, com muito gosto, responderam afirmativamente ao convite que fiz, quando se partiu apara a organização”
Desta vez parecia que a afluência de visitantes não ia ser comparável à edição anterior, em especial devido às condições climatéricas que nos primeiros dias foram muito desfavoráveis, mas ao terceiro dia já havia filas enormes.
E foi, precisamente, a enorme afluência de público verificada na edição anterior que levou a que, desta vez, o Presépio pudesse ser visitado durante seis dias, enquanto em 2003 esteve patente durante apenas quatro. “O alargamento da apresentação do Presépio de quatro para seis dias teve a ver com a afluência de público, que excedeu largamente as expectativas, em 2003, e assim, com mais dias de apresentação permitiu a visita a muitas mais pessoas, mesmo àquelas que não se aperceberam, logo no início, de que estava a haver o Presépio. Além disso, permitiu menos horas seguidas de apresentação, não sendo tão cansativo para quem fez a figuração.”
E se o Couto está sempre presente e disponível para ajudar e colaborar com os Grupos da Paróquia sempre que é solicitado, dando o seu melhor, agora, que foi o próprio a pedir a colaboração de todos para levar a cabo a montagem e realização do Presépio ao Vivo de 2008, todos disseram ‘presente’. “Destaco a preciosa colaboração do Grupo Paroquial de Teatro, Confraria de S. Miguel, Confraria do Santíssimo Sacramento, Irmandades de Nossa Senhora de Fátima da Igreja Paroquial e de Monte Espinho, Caminho Neocatecumenal, Acólitos da Igreja e Monte Espinho, Pagens do Santíssimo Sacramento, Assembleia Paroquial de Jovens, Catequese, jornal A Voz de Leça e o Rancho Típico da Amorosa.”
Das muitas colaborações individuais, o Couto destaca duas, em especial o José Eduardo Sousa, que foi o seu ‘braço direito’ e o António Paiva, encenador do Grupo Paroquial de Teatro, que estendeu essa função à teatralização dos cinco ‘quadro’ que integram o Presépio ao Vivo.
Para o Couto, o balanço do Presépio ao Vivo de 2008 é absolutamente positivo, ”porque todos os que trabalhámos para o levar a cabo, fizemo-lo com muito gosto e dedicação pela Paróquia. Foi também muito pelas crianças que o fizemos, para que não cresçam convencidas de que o Natal é apenas a euforia dos centros comerciais e das prendas, mas para que saibam que tudo começou numa gruta, junto dos animais, num ambiente de muita pobreza e humildade.”
Quando voltará a haver Presépio ao Vivo, “Não será para já, porque tem que se conjugar uma série de coisas. Não demorará, certamente, 20 anos a repetir, desde que todos os que nos empenhamos agora tenhamos saúde, porque vontade de trabalhar em prol da Comunidade Paroquial não nos faltará, tenho a certeza.”
A nossa conversa terminou com um agradecimento ao nosso Pároco, Sr. Padre Lemos, por lhe permitir ter um papel tão interventivo na actividade Paroquial. Também a família próxima do Couto merece apreço, porque, para dedicar tanto tempo ao trabalho desinteressado na Paróquia, a vida familiar é afectada muito frequentemente, sendo tantas vezes condicionada a essa actividade.
A Paróquia de Leça da Palmeira agradece ao Manuel Couto toda a dedicação e entrega generosa.
Agora, encerrado o Presépio ao Vivo de 2008, conversamos com o Manuel Couto, um dos principais responsáveis pela realização de agora.
O Presépio ao Vivo foi o pretexto para a entrevista, porque por todo o trabalho dedicado que o Couto desenvolve na Paróquia, já se impunha este registo. Não há quem não o conheça, embora a sua presença seja sempre mais visível quando se trata da Confraria de S. Miguel Arcanjo, (onde desempenha as funções de tesoureiro), e de tudo o que se relacione com o nosso Padroeiro. Ultimamente integra também a equipa técnica do Grupo Paroquial de Teatro e é sócio-colaborador do Rancho Típico da Amorosa. No entanto, a sua intervenção é transversal a todos os Grupos Paroquiais, já que, a nível da logística é essencial a sua colaboração, pela polivalência de capacidades que possui, que é como quem diz, tem jeito para quase tudo e, perante um desafio nunca diz que não é possível. Depois são as longas horas do seu tempo livre que dedica a tudo o que é necessário fazer na Paróquia, estando sempre pronto a preencher a falta de alguma coisa ou de alguém, sempre que for preciso. A sua dedicação chega ao ponto de programar o gozo das férias profissionais em função de momentos importantes de actividade Paroquial, para se poder dedicar a tempo inteiro, como acontece todos os anos em finais de Julho e de Setembro, por ocasião das festas Paroquiais de Sant’Ana e S. Miguel Arcanjo. Também muitas das actividades que integram o FESTARTE e têm lugar em espaços da Paróquia passam por ele. Nessa altura, os seus dias são totalmente dedicados à logística dessas actividades, que são da responsabilidade do R.T.A.
Foi com esse mesmo empenho que o Couto se envolveu na organização deste Presépio ao Vivo, que aconteceu cinco anos depois da última edição por variadíssimas razões, que enumera, “Primeiro porque, para ter impacto, tem que ser espaçado. Se fosse feito logo a seguir a 2003, deixava de ser interessante, depois porque dá muito trabalho a montar e dada a ocupação da sala de espectáculos do Salão com as festas de Natal das escolas da freguesia, o tempo é muito curto para um evento desta envergadura. Há ainda o facto de, em 2008, a véspera e o dia de Natal terem calhado a meio da semana, o que permitiu que o Presépio fosse ao fim de semana e não colidisse com os momentos que as pessoas privilegiam para estar em família. Lembra ainda a oportunidade da realização, 25 anos depois da primeira, que aconteceu em 1983, “Se as pessoas se lembrarem, em 1983, o Presépio ao Vivo foi em moldes um pouco diferentes, na sala 1 do Salão. Só voltou a fazer-se 20 anos depois e a edição de agora é como que uma homenagem ao Sr. Jorge Bento, que pintou os cenários dos ‘quadros’, que ainda hoje usamos.”
Como já referido, sem o Couto o Presépio não se tinha feito e embora em 2003 também tivesse participado activamente na sua montagem, onde foi figurante, foi da conjugação da experiência de quem organizou em 2003, do seu engenho e do seu ‘jeito para tudo’ que se chegou a uma versão ‘melhor’ que a anterior. “Da última vez para agora fez-se alterações para melhorar e também para ser diferente. Acho que até podia ter sido melhor se tivéssemos tido mais algum tempo para a montagem. As alterações que introduzimos relativamente à edição de há 5 anos não foram muito significativas e quem está ‘de fora’ nem se dá conta. Como as visitas ao Presépio são guiadas e em grupo, porque cada ‘quadro’ tem teatralização com banda sonora, aumentou-se a abertura dos cenários dos ‘quadros’ 1, 2, 4 e 5, para poderem ser visitados por grupos maiores e o ‘quadro’ 3, o do Nascimento de Jesus, que fica no palco, foi colocado mais perto dos visitantes, já que, da edição anterior ficou a opinião de que o Menino Jesus tinha ficado muito longe.”
Foi o Couto também o grande ‘angariador’ de figurantes para este Presépio ao Vivo, “A maioria já tinha participado no Presépio de 2003, mas o Sr. Bento Mário é o ‘totalista’, porque representou o velho Simeão nas três edições do Presépio ao Vivo: em 1983, 2003 e 2008. A Sagrada Família foi representada por três famílias, que, com muito gosto, responderam afirmativamente ao convite que fiz, quando se partiu apara a organização”
Desta vez parecia que a afluência de visitantes não ia ser comparável à edição anterior, em especial devido às condições climatéricas que nos primeiros dias foram muito desfavoráveis, mas ao terceiro dia já havia filas enormes.
E foi, precisamente, a enorme afluência de público verificada na edição anterior que levou a que, desta vez, o Presépio pudesse ser visitado durante seis dias, enquanto em 2003 esteve patente durante apenas quatro. “O alargamento da apresentação do Presépio de quatro para seis dias teve a ver com a afluência de público, que excedeu largamente as expectativas, em 2003, e assim, com mais dias de apresentação permitiu a visita a muitas mais pessoas, mesmo àquelas que não se aperceberam, logo no início, de que estava a haver o Presépio. Além disso, permitiu menos horas seguidas de apresentação, não sendo tão cansativo para quem fez a figuração.”
E se o Couto está sempre presente e disponível para ajudar e colaborar com os Grupos da Paróquia sempre que é solicitado, dando o seu melhor, agora, que foi o próprio a pedir a colaboração de todos para levar a cabo a montagem e realização do Presépio ao Vivo de 2008, todos disseram ‘presente’. “Destaco a preciosa colaboração do Grupo Paroquial de Teatro, Confraria de S. Miguel, Confraria do Santíssimo Sacramento, Irmandades de Nossa Senhora de Fátima da Igreja Paroquial e de Monte Espinho, Caminho Neocatecumenal, Acólitos da Igreja e Monte Espinho, Pagens do Santíssimo Sacramento, Assembleia Paroquial de Jovens, Catequese, jornal A Voz de Leça e o Rancho Típico da Amorosa.”
Das muitas colaborações individuais, o Couto destaca duas, em especial o José Eduardo Sousa, que foi o seu ‘braço direito’ e o António Paiva, encenador do Grupo Paroquial de Teatro, que estendeu essa função à teatralização dos cinco ‘quadro’ que integram o Presépio ao Vivo.
Para o Couto, o balanço do Presépio ao Vivo de 2008 é absolutamente positivo, ”porque todos os que trabalhámos para o levar a cabo, fizemo-lo com muito gosto e dedicação pela Paróquia. Foi também muito pelas crianças que o fizemos, para que não cresçam convencidas de que o Natal é apenas a euforia dos centros comerciais e das prendas, mas para que saibam que tudo começou numa gruta, junto dos animais, num ambiente de muita pobreza e humildade.”
Quando voltará a haver Presépio ao Vivo, “Não será para já, porque tem que se conjugar uma série de coisas. Não demorará, certamente, 20 anos a repetir, desde que todos os que nos empenhamos agora tenhamos saúde, porque vontade de trabalhar em prol da Comunidade Paroquial não nos faltará, tenho a certeza.”
A nossa conversa terminou com um agradecimento ao nosso Pároco, Sr. Padre Lemos, por lhe permitir ter um papel tão interventivo na actividade Paroquial. Também a família próxima do Couto merece apreço, porque, para dedicar tanto tempo ao trabalho desinteressado na Paróquia, a vida familiar é afectada muito frequentemente, sendo tantas vezes condicionada a essa actividade.
A Paróquia de Leça da Palmeira agradece ao Manuel Couto toda a dedicação e entrega generosa.
Marina Sequeira in "A Voz de Leça" Ano LV - Número 10 - Janeiro de 2009